Frio tempo
No seu poiso
Quebrado.
Sobranceiro
À janela
A ver passar
Quem já veio
E quer voltar.
Crua foto
De misericórdia
Desprovida.
Manipuladora,
Animalesca
Capaz de torturar
Quem olha o relógio
E não pode mais esperar.
Poesia
Suprema literatura
quarta-feira, 3 de julho de 2019
terça-feira, 25 de junho de 2019
3
Correm rios
Caem ao chão
Marcam o cimento
De triste lamento.
Carris desaparecem
Bate lenta a máquina
Nuvens toldam o ar
Só resta sonhar.
Caem ao chão
Marcam o cimento
De triste lamento.
Carris desaparecem
Bate lenta a máquina
Nuvens toldam o ar
Só resta sonhar.
sexta-feira, 11 de maio de 2018
.
Atirem-me pedras
E que tudo se desfaça
Em escuro e pó,
Fique só o lume
Se quebrem as loiças
E os putos não tenham dó.
Reguem-me os tocos
Onde os passáros penicam
E quedam depois de ficar,
Onde os estúpidos nidificam
E não há mais para onde remar.
Regulem-me pela Austrália,
Dêem-me corda para preguiçar
E que se queime essa porra
E que os velhos a venham buscar
Cá não fico
E quem quer, que morra.
André Moreira
E que tudo se desfaça
Em escuro e pó,
Fique só o lume
Se quebrem as loiças
E os putos não tenham dó.
Reguem-me os tocos
Onde os passáros penicam
E quedam depois de ficar,
Onde os estúpidos nidificam
E não há mais para onde remar.
Regulem-me pela Austrália,
Dêem-me corda para preguiçar
E que se queime essa porra
E que os velhos a venham buscar
Cá não fico
E quem quer, que morra.
André Moreira
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Conde
Sou insignificante.
Não tenho esperança.
Sou mais um número.
Uma preocupação momentânea.
Sou um incómodo.
Impressiono.
Mostro o que pode ser.
Escondem-me.
O que fui,
Ninguém se recorda.
De onde vim,
Ninguém se lembra de mim.
Para onde vou,
Não vou mais pensar.
Vou continuar insignificante,
Deixar de incomodar.
Não tenho esperança.
Sou mais um número.
Uma preocupação momentânea.
Sou um incómodo.
Impressiono.
Mostro o que pode ser.
Escondem-me.
O que fui,
Ninguém se recorda.
De onde vim,
Ninguém se lembra de mim.
Para onde vou,
Não vou mais pensar.
Vou continuar insignificante,
Deixar de incomodar.
André Moreira
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Dor
É simples,
Tudo o resto.
Dói-me só a saudade.
Escreve-se a vida,
Tolda-se a mente,
Corre a estrada
Sem importar o destino,
Respira-se o oxigénio,
Está-se noutro lugar,
Dorme-se
Para não ver o tempo passar.
Abre-se a pele,
Brota sangue
De onde não se vê,
Quebram-se ossos,
Fecham-se os olhos,
Esquece-se a realidade
E nada mais se diz
Senão a verdade...
"É simples,
Tudo o resto.
Dói-me só a saudade."
André Moreira
Tudo o resto.
Dói-me só a saudade.
Escreve-se a vida,
Tolda-se a mente,
Corre a estrada
Sem importar o destino,
Respira-se o oxigénio,
Está-se noutro lugar,
Dorme-se
Para não ver o tempo passar.
Abre-se a pele,
Brota sangue
De onde não se vê,
Quebram-se ossos,
Fecham-se os olhos,
Esquece-se a realidade
E nada mais se diz
Senão a verdade...
"É simples,
Tudo o resto.
Dói-me só a saudade."
André Moreira
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Luta
Navega na face o saber
De quem vendo
Não percebe
O que é
E o que pode ser.
É inerte a demora
De uma sensação
Que perdura, teimosa,
E da satisfação
Não vê a hora.
Impossivel é perder
Essa luta desenfreada
Numa vontade de vencer
Que quem vê
Não consegue entender.
Pensar...
Que o fim
Ou o deixar
O impedir
Ou importunar
Não alcança o ganhar,
Continua sem pestanejar
E perdura,
Nessa vontade que é amar.
De quem vendo
Não percebe
O que é
E o que pode ser.
É inerte a demora
De uma sensação
Que perdura, teimosa,
E da satisfação
Não vê a hora.
Impossivel é perder
Essa luta desenfreada
Numa vontade de vencer
Que quem vê
Não consegue entender.
Pensar...
Que o fim
Ou o deixar
O impedir
Ou importunar
Não alcança o ganhar,
Continua sem pestanejar
E perdura,
Nessa vontade que é amar.
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